Capital Mercantil Nacional Ja Vinha Se Formando Antes Do Fim Do Pacto Colonial (portuguese)

1- Capital mercantil nacional ja vinha se formando antes do fim do pacto colonial.

2-Ganha impulso com dois grandes eventos: queda do monopolio do comercio metropolitano e surgimento de um sistema monetario nacional,consequencia da vinda da familia real decisivo para a formacao do Estado Nacional

3-Eh necessario sempre no principio do processo de producao em qualquer economia mercantilista a existencia de certa quantidade de capital-dinheiro.

4-Portanto esse capital mercantil( vindo da mineracao,comercio de mulas,capital usurario urbano,trafico de escravos,entre outros) eh que ira organizar e financiar as inumeras fazendas de cafe

5-Esse capital mercantil esta encarnado em um personagem: o comissario,responsavel por financiar a montagem do cafe,fazendo tambem a comecializacao pelo fato da maior parte do cafe acabar passando por ele.

6-O capital mercantil serve para comprar terras,meios de producao e escravos,financiando assim os enormes investimentos iniciais e de manutencao do cafe que tem um longo tempo de maturacao e assim demorarm para gerar receita.

7-No inicio havia a disponibilidade de recursos produtivos(terras proximas aos portos,escravos liberados da economia mineira), porem nao importa apenas a disponibilidade mas se adquirir esses recursos eh viavel ou nao, ja que os escravos tem seu preco por ser uma propriedade e as terras tambem tem que ser adquiridas ou entao precisam de terem seus direitos de propriedade reconhecidos o que exige uma certa quantidade de capital.

8-Importante destacar que o direcionamento do capital mercantil tem que ser a garantia do latifundio escravista no inicio pois so esta estrutura poderia no inicio garantir margens de lucro ao fazendeiro e ao comissario.O latifundio garantia uma escala minima de producao e a escravidao garantia altas taxas de exploracao e seu custo de reproducao ainda era menor que adotar o trabalho assalariado.

9-O fato de que o sistema comercial-financeiro era nacional permitiu que a acumulacao do excedente fosse apropriado internamente e assim se internaliza as decisoes de investir.

O desenvolvimento da economia mercantil-escravista dependia do financiamento de 2 pontos principais: disponibilidade de mao de obra barata e existencia de terras abundantes.O primeiro comeca a apresentar problemas na medida que esgotava os "restos" resultantes da economia mineira e a impossibilidade do trafico internacional que desaparece em 1850.Uma alternativa seria a producao interna de escravos que porem pode ser descartada por dois motivos: primeiro nao se consegue progresso tecnico com trabalho escravo e segundo porque a taxa de mortalidade dos escravos no Brasil era muito alto devido a alta taxa de exploracao a que tava submetido o escravo.Reduzir essa taxa de exploracao poderia tornar o negocio cafeeiro pouco rentavel e por isso nao se pode admitir essa alternativa.Desda forma, a oferta limitada dos escravos levaria a uma alta de precos que seria absorvida pelos cafeeiros ate nao ser possivel mais,condenando assim o negocio a estabilidade e depois ao declinio nao sendo mais possivel sua acumulacao.Portanto, a mao de obra era um problema serio, nao se podia admitir a mao de obra assalariada e por outro lado a oferta dos escravos era bastante limitada.

Outro questao, e a quantidade de terras disponiveis que precisavam tambem serem financiadas.Havia a abundancia porem existe o problema de que quando mais interiorizado for essa terra maior fica o custo de transporte ate que chega um ponto em que a acumulacao cafeeira se torna improdutiva, e como as terras rentaveis se deterioram com o tempo com a queda de sua fertilidade natural entao novamente a economia cafeeira estaria condenada por esse ponto ao declinio.

A comercializacao e um outro ponto